
Jovens com olhos na Palavra
Para que este papo de referenciais fique mais claro, gostaria que você pensasse em algo que é bem comum a todos nós. Você é dotado de cinco sentidos: audição, olfato, paladar, tato e visão. A não ser que tenha nascido com alguma deficiência ou, por conta de acidente de qualquer tipo, tenha perdido algum. Você ouve, cheira, sente o gosto das coisas, reconhece texturas e temperaturas pelo toque e enxerga o mundo ao seu redor. Cada sentido traz em si uma capacidade. Seguindo a ordem que os colocamos no início, pensemos no funcionamento de cada um deles. Em primeiro lugar, a audição: a capacidade de ouvir. O aparelho auditivo é composto de diversos elementos, mas para um leigo, a Lente Cristã 7 orelha e o ouvido são os mais notórios. As ondas sonoras penetram nossos ouvidos, o cérebro decodifica os sons e entendemos o que está sendo tocado, cantado, falado etc. Em segundo lugar, o olfato: a capacidade de cheirar. Não importa o tamanho do seu nariz, o importante de um nariz é que ele nos ajuda a sentir o cheiro das coisas, os bons e os ruins. Em ter-ceiro lugar, o paladar: a capacidade de sentir sabores. O que seria daquela deliciosa lasanha, ou daquele suco gelado e bem docinho, sem o paladar? Chocolate e chuchu, sem sentir seus sabores, seria quase a mesma coisa! Quem de nós teria um espaço para a sobremesa se não fosse para sabo-rear uma deliciosa torta de morango? Ah, Senhor, obrigado pelos sabores! Em quarto lugar, o tato: a capacidade de tocar e sentir. Tocar as mãos macias da mulher amada, sentir suas mãos geladas de vergonha ao primeiro encontro, são experiências que só o tato nos garante. Sentir o calor de um abraço, o prazer de um beijo. No escuro, quando vamos ao banheiro apalpando as paredes, o tato conserva nossa cabeça intacta, sem bater em nada que tenha pela frente. Em quinto lugar, a visão: a capacidade de enxergar. Enquanto nos quatro primeiros sentidos, de forma simplista, dependemos somente de entrar em contato com algo a ser tocado, cheirado, ou-vido ou saboreado e temos a experiência que o sentido nos oferece, na visão as coisas mudam um pouco. Você enxerga com os olhos, certo? Então, seus olhos entram em contato com um poste e para não trombar você simplesmente desvia dele. É assim, não é? Basicamente, podemos dizer que sim. Mas para que os olhos funcionem bem, eles dependem de um elemento externo à visão. Somente seus olhos não seriam capazes de enxergar nada sem esse algo “externo”. Já sabe o que é? Pense: o que garante uma boa leitura para você agora? Os óculos? Não! O que realmente precisamos é da luz! O que enxergamos, na verdade, são reflexos da luz que incidem sobre os objetos. Quanto mais luz, melhor vemos, quanto menos luz, mais difícil enxergar com cla-reza. As variadas cores de roupas fariam alguma diferença se não fossem para ser vistas à luz? O que quero destacar é que a quantidade de luz, a maneira como somos expostos a ela, influenciam diretamente na percepção que temos das coisas e das outras pessoas. Como nosso luminar maior é o sol, ele é a nossa referência de luz e, mesmo diante de outras luzes artificiais, nosso cérebro já está condicionado a decodificar as cores a partir desse referencial. Resumindo e parando por aqui com essa história de sentidos, você vai concordar comigo que nosso referencial de visão das coisas é o sol e a luz que ele emite para a Terra. A vida, o mundo que nos cerca, nossas atitudes também 8 Lente Cristã trazem uma noção de referencial externo que serve de base para nosso modo de viver e nos portar no mundo. São esses referenciais externos que chamamos de cosmovisão ou visão de mundo. Dependendo da luz que temos como referencial ou utilizando a lin-guagem que passaremos a usar nesse livro, dependendo da cosmovisão que você adota, consciente-mente ou não, é ela que vai lhe dar bases para encarar a realidade e se posicionar diante das mais diversas situações da vida. Referenciais são importantes!